Situação no Tibete preocupa, dizem relatores da ONU (Português para o Brasil)
Comunicado conjunto foi assinado também por Manfred Nowak (foto); grupo afirma que houve grande número de prisões.
Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.
Um grupo de especialistas em Direitos Humanos das Nações Unidas divulgou, nesta quinta-feira, um comunicado conjunto manifestando preocupação com a situação no Tibete.
Os relatores pediram acesso irrestrito a observadores independentes e jornalistas às áreas dos conflitos.
O documento, publicado em Genebra, na Suíça, menciona protestos contra o governo da China e relatos de um grande número de prisões na Região Autônoma do Tibete.
Compromissos
O comunicado pede calma e moderação e o fim da violência a todas as partes envolvidas.
O documento pede ainda que o governo da China cumpra com seus compromissos de liberdade de expressão e reunião, e que faça a diferença entre manifestantes pacíficos e os que lançam mão da violência.
Segundo os especialistas da ONU, cerca de 570 monges tibetanos teriam sido presos nos dias 28 e 29 de março. Entre o grupo, estariam crianças.
As prisões ocorreram durante batidas em mosteiros nos condados de Ngaba e Dzoge.
Os protestos no Tibete começaram na capital Lhasa, no mês passado, quando monges budistas entraram em choques com forças de segurança da China.
Os relatores lembraram que já pediram ao governo chinês permissão para visitar o Tibete e avaliar a situação.