Minustah diz que situação é mais calma no Haiti
Segundo Batalhão Brasileiro, protestos de rua diminuíram; três bóinas-azuis foram baleados.
Cadija Tissiani, da Rádio ONU em Nova York*.
A Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti, Minustah, afirmou que a situação no Haiti está mais calma após cinco dias de protestos contra a alta no preço dos alimentos no país.
O comandante do Batalhão Brasileiro da Minustah, coronel Paul Cruz, disse à Rádio ONU, de Porto Príncipe, que a capital já está voltando à normalidade.
Escolas
“Diminui ontem e hoje há conversas na rua e o comércio está normal. As coisas estão seguindo de volta à normalidade. Houve alguma coisa para o lado de Martissant, Carrefour que estavam um pouco mais agitado, mas hoje já amainou”, disse.
Na quarta-feira, três soldados das força de paz da ONU, do contingente do Sri Lanka, foram baleados durante uma patrulha no distrito de Martissant. Mas segundo, a Minustah os militares já estão fora de perigo.
Os protestos contra a alta no preço dos alimentos começaram no sul do país, e chegaram à capital. Por causa dos tumultos, as escolas de Porto Príncipe ficaram fechadas.
Mensagem de Rádio e TV
Alguns postos da ONU foram atacados. Na quarta-feira, o presidente René Préval pediu calma à população em mensagem de rádio e TV.
Um dia antes, manifestantes armados com pedras se concentraram em frente do Palácio Presidencial, mas foram dispersados pelas tropas da Minustah.
O Programa Mundial de Alimentos, PMA, pediu à comunidade internacional que disponibilize fundos para compra de comida no Haiti.
Já o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, disse que a crise dos alimentos no país está afetando principalmente as crianças.
*Apresentação: Monica Villela Grayley da Rádio ONU em Nova York