Perspectiva Global Reportagens Humanas

Malária infecta 500 milhões por ano, diz Ban BR

Malária infecta 500 milhões por ano, diz Ban

Secretário-Geral marca 1º Dia Mundial sobre a doença e diz que é hora de redobrar esforços.

Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.

As Nações Unidas marcam neste 25 de abril o 1º Dia Mundial da Malária.

Numa mensagem, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que chegou a hora de combater a doença de forma séria.

Orçamento

Segundo ele, meio bilhão de pessoas são infectadas todos os anos. E 1 milhão perdem a vida para a doença.

O caso mais grave é na África Subsaariana. Em alguns países o combate à doença consome 40% do orçamento destinado à saúde.

No início da semana, o governo brasileiro anunciou um remédio genérico, Asmq, para tratar a malária. A droga, desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz, deve ser enviada aos países africanos de língua portuguesa.

O presidente da Fundação Osvaldo Cruz, Paulo Buss, disse à Rádio ONU, do Rio de Janeiro, que o preço do remédio pode baixar ainda mais com a produção em massa.

“Enquanto você precisa de mais de U$ 100 por ano para tratar um paciente com HIV/Aids, o tratamento da malária custa menos de dois dólares e cinqüenta. É uma doença muito debilitante e que tem causado epidemias importantes na África. O tratamento é um pouco mais caro, neste momento, porque a produção dos seus componentes ainda não está num estágio de quantidade que torne mais barato o custo unitário, mas este preço inicial por tratamento rapidamente deverá caminhar para um custo muito mais baixo”, disse.

Buss também afirmou que o remédio é mais apropriado aos casos de malária da África.

“Esta droga vai ajudar a resolver a malária grave que pode evoluir para a malária cerebral e a malária de criança pode evoluir mal e por isso ela é adequada para os casos da África e da Ásia. No Brasil nós não temos tanta malária falcípara nós temos mais a vivax, que é outro tipo de agente causador da malária”, disse.

De acordo com a Fiocruz, o Brasil tem cerca de 500 mil casos por ano, mas o índice de mortalidade é muito mais baixo que o de países africanos.