Discriminação contra mulher persiste nas leis e na prática (Português para o Brasil)
Louise Arbour fez essa declaração para marcar Dia Internacional da Mulher que se celebra neste sábado.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos, Louise Arbour, disse que a discriminação generalizada contra as mulheres persiste na lei e na prática, em todo o mundo.
Arbour fez essas declarações nesta sexta-feira, em Genebra, na Suíça, para marcar o Dia Internacional da Mulher que se celebra neste sábado.
Ela disse que a opinião pública e a mídia se concentram mais em casos chocantes como mutilação genital feminina e escravidão sexual, mas segundo ela é a discriminação que condena milhões de mulheres ao sofrimento.
Segundo as Nações Unidas, os países da América Latina apresentam legislações progressistas e inovadoras, que nem sempre se traduzem em avanços práticos para a igualdade do gênero.
A jornalista, brasileira Beatriz Cardoso, falou à Rádio ONU, do Rio de Janeiro, sobre as dificuldades que as mulheres ainda encontram na profissão.
"Eu sinto que existe um pouco de reticência para enviar uma mulher para a cobertura de guerra, enviar uma mulher para fazer reportagens no exterior. Eu acho que o maior desafio é esse, realmente equiparar a mulher e dar as mesmas condições econômicas e financeiras que se dão aos homens que ocupam os mesmos cargos ", disse.
A ONU destaca ainda que em muitos países asiáticos as mulheres enfrentam restrições à sua capacidade de possuir ou gerir propriedades, incluindo o direito à herança e à partilha de bens após divórcio.