Banco Mundial discute preço do petróleo
Evento reúne autoridades de mais de 140 países; especialistas dizem que situação é diferente de “choques” anteriores.
Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.
O impacto econômico, no mercado mundial, causado pela alta no preço do petróleo está sendo debatido por autoridades de mais de 140 países em Washington, nos Estados Unidos.
O fórum, “Volatilidade no Preço do Petróleo, Impacto Econômico e Gerenciamento Financeiro”, é co-patrocinado pelo Banco Mundial e pela Universidade George Washington, na capital americana.
Mercados Emergentes
Nesta terça-feira, pela primeira vez, o barril do petróleo foi negociado a US$ 109, o equivalente a mais de R$ 180.
O economista-sênior do Banco Mundial, Yan Wang, disse que a alta atual não tem nada a ver com os choques anteriores. Segundo ele, desta vez, os preços sobem por causa da demanda por energia em mercados emergentes como China e Índia.
Redução
O diretor da Comissão Econômica para América Latina e Caribe, Cepal, Renato Baumann, falou à Rádio ONU, de Brasília, sobre os efeitos da alta do petróleo para outros países incluindo os latino-americanos.
"É muito provável, dependendo do país, da economia e do grau de abertura, que esse maior nível de preços internacionais de um insumo tão vital como o petróleo tenha uma implicação direta sobre o custo de vida e, portanto, uma implicação direta sobre a disponibilidade de recursos na mão dos indivíduos de renda mais baixa", disse.
Para o fórum, a instabilidade no preço do produto é diferente das oscilações registradas nos anos 1990.
De acordo com o Banco Mundial, a queda do dólar também piora a situação causando fuga de capital em nível internacional.
Um outro agravante da crise, segundo analistas foi o corte, em 2006 e 2007, de 1,5 milhão de barris promovido pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo.