Conflitos agravam violência contra mulheres na RD Congo (Português para a África)
A informação é de um relatório apresentado na 7ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos, em Genebra, na Suíça.
Helder Gomes, Rádio ONU em Nova York.
A relatora da ONU para os direitos humanos, Yakin Ertürk, disse que o conflito armado na República Democrática do Congo agrava a violência contra as mulheres.
Ertürk apresentou nesta quarta-feira na 7ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos, em Genebra, na Suíça, um relato sobre a situação das mulheres. Ela destacou casos observados também na Argélia e no Gana.
Segundo Ertürk, no leste da RD Congo, grupos armados incluindo milícias estrangeiras, cometem atrocidades que afectam às mulheres física e psicologicamente.
A relatora sugeriu ao governo congolês a adopção de políticas de tolerância zero em relação à violência contra mulheres e que os responsáveis por esses crimes sejam punidos.
Argélia
No caso da Argélia, Yakin Ertürk disse que o país registou progressos ao adoptar novas políticas sociais, realizar reforma das leis, entre outras medidas para promover a igualdade do género.
Ertürk pediu ao governo argelino maior atenção às meninas de rua que ficam sujeitas a abusos e exploração sexual.
Gana
A relatora da ONU disse que as mulheres do Gana, na África Ocidental, não beneficiam da paz que se vive no país. De acordo Yakin Ertürk, a violência física e sexual contra mulheres é um fenómeno que se vive nas casas e nas ruas.
O relatório revela que as meninas são vítimas de casamentos forçados, sofrem mutilação genital entre outras práticas.