Tuberculose continua a matar (Português para a África)
Secretário-Geral da ONU assinala Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose.
João Duarte, Rádio ONU em Nova York.
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, assinalou o Dia Mundial da Luta contra a Tuberculose com um apelo a mais esforços para o combate a esta doença infecciosa.
O tema deste ano é “Vou parar a tuberculose”. Uma luta, diz Ban, que só é possível vencer com o empenho colectivo de milhões de pessoas.
No seu mais recente relatório a OMS afirma que o ritmo de combate contra a tuberculose está a abrandar.
A OMS, Organização Mundial de Saúde, emitiu mais um relatório para assinalar o Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose que se assinala a 24 de Março.
O relatório contém dados relativos a 2006 e conclui que nesse ano se registaram 9,2 milhões de novos casos, incluindo 700 mil casos de tuberculose contraída por pessoas infectadas por HIV e 500 mil casos de tuberculose multiresistente.
Objectivos
O fim da tuberculose faz parte dos desafios do Milénio tais como definidos pela ONU. A maior parte dos casos de tuberculose ocorre em África e na Ásia. No continente africano a área mais afectada é a África sub-saariana.
Jarbas Barbosa, especialista da Organização Pan-Americana de Saúde disse à Rádio ONU, de Washington, que é fundamental aumentar a detecção dos casos de tuberculose.
“Nós temos que aumentar a detecção de casos de tuberculose, ou seja, todos os meios têm que ser utilizados para dizer às pessoas que qualquer pessoa que tem tosse persistente por mais de três semanas precisa de procurar um serviço de saúde porque pode ser tuberculose.”
Reforço
Margaret Chan, a directora da OMS, sublinhou a necessidade de reforçar os programas públicos e outros esforços a fim de combater a tuberculose.
Em África a tuberculose multiresistente está a ameaçar os progressos. O combate a esta doença requer mais recursos e tempo. Segundo a OMS, a resposta nesta área tem sido inadequada.
O enviado especial do Secretário-Geral para a luta contra a tuberculose, ex-presidente de Portugal, Jorge Sampaio, apelou a mais liderança no sentido de combinar a luta contra doença com a luta contra o HIV-Sida.