ONU pede apoio ao Chade após ataques rebeldes
Grupos contra governo do presidente Idriss Deby tentaram cercar palácio presidencial no fim de semana; Ban pediu calma.
O Conselho de Segurança da ONU emitiu nesta segunda-feira uma declaração presidencial condenando os ataques de grupos rebeldes contra o governo do Chade, em Ndjamena, capital do país.
O anúncio foi feito pelo presidente rotativo do conselho, o embaixador do Panamá, Ricardo Alberto Arias.
Missão de Paz
Arias disse que o conselho pediu a todos os países-membros da ONU para apoiar o governo do Chade e o presidente do país, Idriss Deby.
A reunião do conselho começou no domingo.
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que está profundamente alarmado com o crescimento da insegurança no Chade e pediu o fim imediato dos combates.
Em Setembro, as Nações Unidas e a União Europeia concordaram com o envio de uma missão de paz para o Chade e a República Centro-Africana, Minurcat.
Complexidade
O representante de Ban Ki-moon e chefe da missão, Victor Ângelo, contou à Rádio ONU, antes dos combates que a tarefa é complexa.
“É uma missão muito complexa, que envolve muitas variantes e vários países. É uma zona em que o controle do poder central é relativamente fraco, no que diz respeito a capital do Chade, ao poder central na República Centro-Africana. Por isso, a presença das Nações Unidas é muito importante”, disse.
Segundo agências de notícias, no domingo os grupos rebeldes teriam cercado o palácio do presidente Idriss Deby, mas se dispersaram após a reacção da polícia.
Nesta segunda-feira, o Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, revelou que milhares de pessoas estão fugindo do Chade para o vizinho Camarões tentando escapar da violência que afecta o país.