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Violência afeta mais de 500 mil no Chade, diz Acnur BR

Violência afeta mais de 500 mil no Chade, diz Acnur

Em menos de dois dias, violência já causou fuga de 20 mil pessoas.

Segundo o Acnur, a maioria das vítimas está cruzando a fronteira com os Camarões para escapar dos confrontos.

Protesto

Os combates começaram após grupos de rebeldes terem marchado contra o palácio presidencial, na capital Djamena, num sinal de protesto ao governo do presidente Idriss Deby.

Uma das encarregadas do Escritório das Nações Unidas para Assistência Humanitária, Ocha, Federica d’Andreagiovanni, disse à Rádio ONU, em Nova York, que o número de feridos pode chegar a 1 mil.

"A situação no Chade permanece instável. A Cruz Vermelha nos informou que 1 mil pessoas foram feridas no conflito. A violência pode aumentar o que já é uma crise humanitária severa no país, criando novas ondas de deslocamentos de pessoas e restringindo a capacidade das agências das Nações Unidas de ajudar os mais vulneráveis", disse.

Segundo o Acnur, 285 mil refugiados do Sudão, que estão no Chade, além de cerca de 180 mil deslocados internos ficaram mais vulneráveis por causa da violência.

Conselho de Segurança

Nesta terça-feira, o Acnur anunciou o envio de um carregamento de 90 toneladas de alimentos para cerca de 14 mil pessoas.

A agência informou ainda que foi obrigada a retirar parte do seu pessoal da cidade de Abeche, no leste do país, devido à insegurança.

A situação no Chade foi debatida numa seção de emergência pelo Conselho de Segurança, no fim de semana. Os países-membros do conselho emitiram uma declaração presidencial nesta segunda-feira condenando os ataques rebeldes e pedindo apoio ao governo chadiano.