ONU e polícia timorense investigam atentados
A polícia das Nações Unidas, Unpol já pediu à Procuradoria da República a prisão de cinco possíveis suspeitos.
Helder Gomes, da Rádio ONU em Nova York.
A Missão Integrada das Nações Unidas no Timor-Leste, Unmit, revelou que a ONU e a polícia timorense iniciaram uma investigação conjunta dos ataques que feriram o presidente José Ramos-Horta.
O primeiro-ministro, Xanana Gusmão, também foi alvo dos ataques, ocorridos na segunda-feira, mas saiu ileso.
Durante o atentado ocorrido na segunda-feira, Ramos-Horta levou tiros no peito e no abdómen. Ele se encontra recebendo tratamento em Darwin, na Austrália.
Autores intelectuais
Em conversa com jornalistas, em Dili, capital do país, o representante do Secretário-Geral da ONU para o Timor-Leste, Atul Khare, defendeu a necessidade de punir os responsáveis.
Khare disse que foi acordado que as investigações não se devem limitar a descobrir as pessoas que executaram os ataques, mas, segundo ele, é preciso determinar quem são os autores intelectuais e seus motivos.
Segundo a Unmit, a Polícia das Nações Unidas, Unpol pediu, na quarta-feira, à Procuradoria da República a prisão de cinco possíveis suspeitos para o processo de investigação preliminar.
Nesta sexta-feira, o primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, realizou uma visita ao Timor para contactos com as autoridades do país, entre eles o chefe do governo, Xanana Gusmão.
As autoridades timorenses informaram que um dos participantes do atentado, o major Alfredo Reinado foi morto no incidente. Reinado liderou, em 2006, um movimento rebelde de militares demitidos.