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Conselho de Segurança reúne-se para discutir Kosovo BR

Conselho de Segurança reúne-se para discutir Kosovo

Sessão especial vai analisar a declaração de independência feita pela província sérvia de maioria albanesa neste domingo.

Marco Alfaro, da Rádio ONU em Nova York.

O Conselho de Segurança da ONU está reunido neste domingo, em sessão especial, para analisar a declaração de independência feita pelo Parlamento do Kosovo.

A maioria dos deputados da Assembléia da província sérvia de maioria albanesa aprovou por unanimidade um texto de independência.

A reunião do conselho, convocada pela Rússia, que estava programada para as 13 horas de Nova York, 16 horas, em Brasília, foi adiada para o final da tarde de domingo.

O embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vitaly Churkin, informou que o país, junto com a delegação da Sérvia, pediu a reunião para analisar a proclamação de independência.

Churkin disse que a Rússia irá insistir na implementação da resolução 1244, que, segundo ele, irá considerar a declaração de independência unilateral nula e vazia.

O embaixador afirmou ainda que está muito preocupado com a segurança dos sérvios e outras minorias étnicas no Kosovo.

Para o embaixador interino dos Estados Unidos na ONU, Alejandro Wolff, a Rússia tem o direito de convocar uma sessão especial do Conselho de Segurança.

Segundo Wolff, os Estados Unidos estão satisfeitos com o compromisso das autoridades de respeitarem as minorias étnicas e religiosas no Kosovo.

O embaixador destacou também que a declaração reflete a posição dos Estados Unidos para a implementação do plano Ahtisaari.

O plano apresentado por Marti Ahtisaari, enviado especial da ONU ao Kosovo, propõe uma constituição para a província que garanta os princípios de proteção aos direitos de todas as comunidades, assim como a representação de não-albaneses em instituições públicas.

Os líderes políticos albaneses kosovares defendem a independência do Kosovo. Mas a Sérvia se opõe.

A província do Kosovo, com uma população de cerca de 2 milhões de habitantes, dos quais 10% são sérvios, é administrada pelas Nações Unidas desde 1999.