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Secretário-Geral da ONU apela à paz no Kosovo BR

Secretário-Geral da ONU apela à paz no Kosovo

Ban Ki-moon (foto) esteve presente na reunião de emergência do Conselho de Segurança, que deverá continuar nesta segunda-feira.

Marco Alfaro, da Rádio ONU em Nova York.

O Conselho de Segurança da ONU se reuniu neste domingo em sessão especial, após a declaração de independência feita pelo Parlamento do Kosovo.

O encontro foi realizado a pedido da Rússia.

O Secretário-Geral, Ban Ki-moon, esteve presente na reunião que deverá continuar nesta segunda-feira com a presença do presidente da Sérvia, Boris Tadic.

Ban Ki-moon disse que as autoridades kosovares se comprometem a respeitar a resolução 1244 e trabalhar de maneira construtiva com a Missão das Nações Unidas para a Administração Interina do Kosovo, Unmik.

Segundo Ban Ki-moon, o primeiro-ministro do Kosovo, Hashim Thaci, reafirmou o compromisso de atender as propostas do plano Ahtisaari e que não haverá discriminação contra qualquer habitante do Kosovo.

O plano apresentado por Marti Ahtisaari, enviado especial da ONU ao Kosovo, propõe uma constituição que assegure proteção aos direitos de todas as etnias, assim como a representação de não-albaneses em instituições públicas.

A Sérvia se opõe à independência da província do Kosovo que tem uma população de maioria albanesa.

O Secretário-Geral da ONU acrescentou que recebeu uma carta do presidente da Sérvia, afirmando que a declaração de independência representa uma separação forçada e unilateral, de parte do território da Sérvia.

Ban disse, ainda, que a situação no Kosovo é calma, apesar de uma explosão ocorrida na cidade de Kosovska, ao norte da província que, segundo ele, não provocou feridos.

O Secretário-Geral fez um apelo a todos os lados para conterem quaisquer ações ou pronunciamentos que possam ameaçar a paz, promover a violência ou colocar em risco a segurança no Kosovo e na região.

A província do Kosovo, com uma população de cerca de 2 milhões de habitantes, dos quais 10% são sérvios, é administrada pelas Nações Unidas desde 1999.