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Unodc treina policiais da América do Sul e África (Português para o Brasil)

Unodc treina policiais da América do Sul e África (Português para o Brasil)

Parceria com Polícia Federal do Brasil promove cooperação entre países de língua portuguesa no combate ao crime organizado e narcotráfico.

Marco Alfaro, da Rádio ONU em Nova York.

O Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime, Unodc, inicia nesta segunda-feira, em Brasília, o curso de formação de 350 policiais da América do Sul e países africanos que falam português.

O objetivo é promover a cooperação entre os países de língua portuguesa no combate ao crime organizado e narcotráfico.

O lançamento do programa, que terá a duração de quatro meses e meio, teve a presença do diretor-geral da Polícia Federal do Brasil, Luiz Fernando Corrêa.

Treinamento

O representante regional do Unodc para o Brasil e Cone Sul, Giovanni Quaglia, falou à Rádio ONU, de Brasília, sobre a ampliação deste programa de treinamento.

"Foi uma colaboração que o nosso escritório pediu à Polícia Federal devido ao aumento de trânsito de cocaína para os países africanos e à necessidade destes países estarem melhor equipados e seu pessoal melhor treinado", disse.

A iniciativa reúne agentes e peritos criminais da Bolívia, Colômbia, Paraguai, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Principe, entre outros.

O representante do Unodc aponta as medidas que estão sendo adotadas para combater o tráfico da cocaína que chega ao Brasil.

Inteligência

"Fica praticamente impossível o controle físico da fronteira. Por isso é que a polícia está preparada e se preparando cada vez mais para atuar na base de um trabalho de inteligência. É com base em informações que a Polícia Federal, junto com a Polícia Estadual e a colaboração da polícia destes países, atua de forma conjunta. É a única forma", explicou.

No Relatório Mundial sobre Drogas 2007, do Unodc, o Brasil é o país mais citado como rota da cocaína que sai da América do Sul e chega, via África, ao continente europeu.

As autoridades da Guiné-Bissau avaliam que 60% da cocaína que entra no país vem do Brasil e 40% da Colômbia.