Nações Unidas pedem fim da mutilação genital feminina
A vice-secretária-geral (foto) fez a declaração para marcar o compromisso das Nações Unidas de acabar com a prática até 2015.
Marco Alfaro, da Rádio ONU em Nova York.
A vice-secretária-geral da ONU, Asha-Rose Migiro, disse que se todas as pessoas aderirem ao esforço para acabar com a mutilação genital feminina, esta prática poderá desaparecer no período de uma geração.
Migiro fez essa declaração, nesta quarta-feira em Nova York, para marcar o compromisso de dez agências das Nações Unidas no sentido de acabar com a mutilação até 2015.
O objetivo integra as Metas de Desenvolvimento do Milênio.
Controlar a sexualidade
A mutilação genital feminina acontece em alguns países da Ásia, Oriente Médio e África como forma de controlar a sexualidade de meninas e mulheres.
As agências da ONU pediram o apoio dos governos nacionais e comunidades para acabar com a prática que coloca em risco a saúde de mulheres, meninas e recém-nascidos.
A ONU estima que 3 milhões de meninas correm o risco de serem submetidas à remoção parcial da genitália e mais de 140 milhões de mulheres já sofreram mutilações.
Entre as agências que participam da campanha está o Fundo das Nações Unidas para Infância, Unicef, a Organização Mundial da Saúde, OMS, e o Alto Comissariado para os Direitos Humanos.