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Inundações em Moçambique podem piorar, diz Cruz Vermelha

Inundações em Moçambique podem piorar, diz Cruz Vermelha

Segundo as agências humanitárias a assistência às povoações evitou um desastre de maiores proporções.

As cheias registadas há oito anos causaram mais de 640 mortos e cerca de 700 mil desalojados.

Segundo as agências humanitárias a assistência às povoações evitou um desastre de maiores proporções.

O governo moçambicano calcula em mais de 280 mil o número de pessoas afectadas pelas actuais inundações.

O Programa Mundial de Alimentos, PMA, afirma que tem no país um stock de alimentos que dá para 1 mês, de acordo com a vice-directora da agência em Moçambique, Karin Manente.

"No momento, no país, temos 3400 toneladas, que esperamos vão durar ainda este mês. Se não deteriorar muito a situação, também o mês de Fevereiro. Mas em Março começamos a ter rupturas de estoques, então já estamos tentando angariar os recursos dentro e fora das Nações Unidas", disse.

Karin Manente disse que o PMA tem equipas no terreno monitorando a situação.

"No Vale do Zambeze, já estávamos apoiando. Estamos incrementando um pouco a resposta nos outros vales afectados. No Save vamos começar a apoiar, também. Temos pessoal no campo e nos distritos mais afectados monitorando a situação. Estamos também começando a planear o apoio", disse.

Doenças

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, pediu o reforço das acções de assistência às vítimas das cheias em Moçambique para evitar surto de doenças, sobretudo entre as crianças.

O Unicef está a apoiar a distribuição de mosquiteiros impregnados com insecticidas para prevenir casos de malária nas áreas alagadas.

Um boletim da Direcção Nacional de Águas, publicado nesta segunda feira,

afirma que a situação tende a agravar-se com o aumento do nível das águas nos rios Save, Zambeze e Licungo, na região centro do país.

As autoridades continuam a retirar de forma compulsiva, as populações que insistem em regressar as zonas de risco depois de terem sido salvas.

As cheias estão a atingir outros países da região, entre eles o Zimbabué, Zâmbia e Malauí.