Brasil reduz mortalidade infantil em 50%
Informação é do relatório mundial da agência; São Paulo detém melhor índice de desenvolvimento para crianças.
Segundo o documento, “Situação Mundial da Infância 2008”, o país registrava 57 mortes de menores de cinco anos por 1 mil nascidos vivos. O número caiu, há dois anos, para 20 mortes.
A representante do Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier , disse à Rádio ONU, de Brasília, que o país está no caminho certo, mas deve fazer mais para combater a desigualdade.
"Estamos na direção da Meta do Milênio mas, de novo, para chegar a essa meta, certamente essa taxa de 20% teria que cair para menos de 18%. Estamos bem aqui no Brasil, a tendência é positiva, mas temos que continuar e fortalecer os esforços", disse.
Segundo a representante do Unicef, a taxa de morte de crianças indígenas e negras é bem maior que a de crianças brancas.
Marie-Pierre Poirier (foto) disse ainda que os números também variam de região para região do país.
"A nossa região do nordeste, o semi-árido brasileiro, apresenta dados muito superiores aos nacionais. Por exemplo, a taxa para o nordeste é 36,9%. Isso mostra a situação de um Brasil que tem condições de fazer cair a taxa em nível da estatística nacional, mas que apresenta desafios de desigualdade regional e racial muito importantes", explicou.
O relatório do Unicef revela que a maior taxa de mortalidade de bebês continua sendo no nordeste. Os casos mais graves são nos estados de Alagoas e Paraíba.
Os melhores Índices de Desenvolvimento Infantil (IDI) estão nos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro.
Na América do Sul, três países registraram taxas melhores que a do Brasil: Chile, Argentina e Uruguai.
Em todo o mundo, o país com o pior índice de mortalidade infantil é a Serra Leoa com 270 mortes para 1 mil nascidos vivos, seguido de Angola com 260 óbitos infantis.