ONU pede investigação imparcial das mortes por violência no Quénia (Português para a África)
A alta-comissária da ONU para Direitos Humanos, Louise Arbour (foto), disse que os responsáveis devem ser levados à Justiça.
Numa declaração divulgada na segunda-feira, em Genebra, na Suíça, Arbour disse que todos os responsáveis pela violação dos direitos humanos devem ser levados à Justiça.
A alta-comissária criticou ainda a polícia queniana que teria utilizado balas reais para dispersar manifestantes, o que segundo Arbour teria provocado numerosos mortos.
Causa dos incidentes
Os incidentes começaram após o anúncio dos resultados das eleições presidenciais, de 27 de Dezembro, que deram vitória a Mwai Kibaki.
A oposição, liderada pelo também candidato Raila Odinga, contestou a decisão do pleito.
Pelo menos 530 pessoas morreram nos confrontos e mais de 250 mil foram obrigadas a deixar suas casas.
Louise Arbour condenou ainda o que chamou de matanças motivadas por diferenças étnicas e manifestou sua simpatia com os familiares das vítimas.
Ela lembrou que o Quénia é um dos países subscritores de vários tratados internacionais dos Direitos Humanos, incluindo os que asseguram as liberdades de reunião e expressão.