Corrupção é debatida em Bali
Segundo Nações Unidas, mundo perde até US$ 1,6 trilhão em atos de corrupção e evasão fiscal.
O evento, que começou nesta segunda-feira, conta com os países que ratificaram a Convenção da ONU sobre o tema incluindo o Brasil.
Cooperação
No encontro, será revista ainda a implementação do tratado além da cooperação técnica para fortalecer o combate à corrupção.
A consultora-sênior do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime, Unodc, Sandra Valle, disse à Rádio ONU, de Viena, que a prática deve ser acompanhada da teoria sempre.
“Não interessa à comunidade internacional ter a assinatura de tantos países, se medidas concretas não estão sendo tomadas na prevenção e no combate à corrupção”, disse.
Segundo Sandra Valle, a comunidade internacional deve prestar assistência aos países menos desenvolvidos para melhorar a capacidade de prevenção à corrupção.
Dinheiro Público
“Àqueles que não têm condição de cumprir a nossa convenção como deve ser, nós temos que oferecer assistência técnica. É, também, um dos motivos porque deve-se reunir toda comunidade internacional para saber quais esses países que precisam. Para melhorar sua capacidade institucional de prevenir ou reprimir a corrupção”, disse.
Valle diz que o Brasil serve de exemplo, na luta contra a corrupção, com instrumentos como o Portal da Transparência, que reúne informações sobre o uso do dinheiro público pelo governo.
De acordo com a agência da ONU, o montante gerado por corrupção e evasão fiscal pode chegar a US$ 1,6 trilhão.
A Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção entrou em vigor em dezembro de 2005. Dos 140 Estados que assinaram, 107 já ratificaram o documento.