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PMA suspende operações no leste da RD Congo

PMA suspende operações no leste da RD Congo

Segundo a Monuc, os capacetes-azuis ajudam a proteger os deslocados internos na província Kivu Norte.

Jorge Soares, da Rádio ONU em Nova York.

O Programa Alimentar Mundial, PMA, anunciou, nesta quarta-feira, a suspensão temporária das operações de ajuda humanitária na província Kivu Norte no leste da República Democrática do Congo, devido aos confrontos que se registam na região.

Os combates ocorrem entre grupos rebeldes liderados pelo ex-general Laurent Nkunda e forças governamentais.

A informação foi divulgada pelo director do PMA em Genebra, na Suíça, Daly Belgasmi.

Ele disse que a agência vai suspender as operações apenas por alguns dias.

Belgasmi afirmou que se a situação prevalecer, o PMA estuda a possibilidade de realizar o lançamento dos alimentos com o apoio de meios aéreos.

Deslocados

Na terça-feira, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, informou que mais de mil pessoas estavam nas estradas fugindo dos confrontos que se intensificaram em Kivu Norte.

Segundo o Acnur, os campos situados em Goma, capital da província, estão a atingir a sua máxima capacidade de lotação.

Monuc protege civis

O encarregado de informação da Missão da ONU na RD Congo, Monuc, Mario Zamarano, disse à Rádio ONU, de Kinshasa, que os capacetes-azuis estão a oferecer protecção aos refugiados.

“Por agora, o que existe é uma determinação de assegurar a protecção das populações civis, particularmente dos campos de deslocados internos que têm uma grande densidade demográfica, sobretudo nos centros urbanos do Kivu Norte”, disse.

Zamarano disse que as tropas da ONU estão a evitar que os rebeldes ocupem posições controladas pelo governo.

“A Monuc também está a tentar impedir que qualquer grupo ilegal possa ocupar áreas já ocupadas pelas tropas regulares, para assim facilitar o regresso dos deslocados às suas casas”, afirmou.

De acordo com a agência da ONU desde o início do ano, a violência na província Kivu Norte, já provocou cerca de 450 mil deslocados internos.

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