Juventude atual é a mais educada, diz Desa

A afirmação é de um relatório do Departamento de Assuntos Econômicos e Socias, Desa.

Marco Alfaro, da Rádio ONU em Nova York.

A atual juventude é a geração mais educada na história. A conclusão faz parte do relatório bianual do Departamento de Assuntos Econômicos e Socias, Desa, apresentado nesta terça-feira na sede da Nações Unidas em Nova York.

O relatório "A transição dos jovens à idade adulta: progressos e desafios" aponta os avanços e as dificuldades da juventude nos países em desenvolvimento.

Apesar dos investimentos na juventude terem crescido na América Latina, África e Ásia, a transição de muitos jovens à idade adulta é dificultada pela pobreza, a falta de acesso à educação e ao trabalho digno.

A coordenadora da ONG, Colméia, Marisa Donatiello, falou à Rádio ONU sobre a importância do apoio aos jovens que entram no mercado de trabalho.

“É fundamental para o jovem ter experiência de boa qualidade, ele inicar pelo sistema formal de trabalho. Hoje, a nossa juventude está na informalidade, tudo é considerado trabalho e nem sempre é isso. Às vezes, ele tem ali sim uma pequena remuneração, um bico, como eles falam, mas num ambiente péssimo. Isso não pode ser entendido como trabalho”, disse.

O documento reconhece que um maior número de meninas completou o ensino básico. No entanto, salienta que a falta de educação e acesso aos contraceptivos podem levar a gravidez prematura. Uma situação que reduz as oportunidades das jovens mães e as expõe ao risco de doenças como a Aids.

De acordo com o Desa, os jovens entre 15 e 24 anos, estimados em 1.2 bilhões, compõe 18% da população mundial e 25% da força de trabalho.

O relatório aponta que os governos precisam manter os esforços no desenvolvimentos do jovens com maiores investimentos na educação, saúde e treinamento profissional.