ONU quer fim de impunidade para crimes contra mulher
Alta-comissária dos Direitos Humanos fez apelo para marcar Dia Internacional para Eliminação da Violência contra Mulheres, neste domingo.
Mônica Valéria Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A alta-comissária de Direitos Humanos da ONU, Louise Arbour, pediu à comunidade internacional mais ação para combater crimes contra a mulher.
O apelo serve para marcar o Dia Internacional para Eliminação da Violência contra Mulheres, neste domingo, 25 de novembro.
Arbour disse que todos os dias várias mulheres e meninas são violentadas, agredidas, estupradas, vendidas para fins sexuais e mortas.
Esperança
Segundo ela, a maioria das vítimas não tem muita esperança quanto à punição dos agressores.
A especialista em direitos da mulher, e membro do comitê Cedaw, da ONU, Silvia Pimentel, disse à Rádio ONU que a maioria das formas de violência está ligada ao que ela chamou de machismo.
"Na realidade, essa inconsciência em relação a esse fato execrável se deve à mulher não ser considerada na sua dignidade de pessoa humana. A verdade é essa. Então, essa violência passa como algo natural", disse.
Falha
Dois relatores especiais da ONU, Manfred Nowak, e Yakin Ertürk, publicaram uma nota nesta sexta-feira afirmando que muitos países estão falhando em reconhecer atos de violência contra mulheres como crimes.
Ele citou os casos de mutilações genitais, assassinatos e estupro de mulheres pelos maridos como atos de violência.