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Cplp prevê velocidades diferentes para reforma do português

Cplp prevê velocidades diferentes para reforma do português

O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, Luís Fonseca (foto), prevê velocidades diferentes para a reforma da língua.

"Assim como o Brasil fala de um período de 2 a 5 anos, já há declarações de responsáveis portugueses no sentido de que isso levará 10 anos. De modo que aí há que encontrar um caminho comum que nos permita prever que, daqui a algum tempo, todos os países possam estar a escrever da mesma maneira e isto é que é o busílis da questão", explicou.

O embaixador Luís Fonseca acredita que, nos primeiros tempos, o desrespeito pelas regras comuns não será motivo de reprovação nas escolas.

"Numa fase de transição, não seria obviamente essa a razão de levar um estudante a reprovar. Até porque eu penso que as chances de cometer uma grande gaffe seriam muito reduzidas, na medida em que apenas, no máximo, um e meio por cento das palavras vão ser afectadas pelo acordo. Se o estudante reprovar é mesmo porque não sabe, não é por ter falhado num acento ou num hífen", disse.

Segundo a agência Lusa, em 2004, foi proposta uma norma que permitia a entrada em vigor de um acordo, desde que ratificado por apenas três países.

No entanto, a norma só foi aprovada pelo Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.