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Monuc diz que missão da ONU deve viajar a área em conflito no Congo

Monuc diz que missão da ONU deve viajar a área em conflito no Congo

A Missão da ONU na República Democrática do Congo, Monuc, anunciou que uma delegação de especialistas do Departamento de Assuntos Políticos das Nações Unidas deve viajar à província Kivu Sul.

Kivu Norte tem enfrentado conflitos entre grupos rebeldes e forças governamentais.

O anúncio foi feito pelo enviado especial do Secretário-Geral da ONU para RD Congo, William Swing, durante um encontro com embaixadores africanos, em Kinshasa, capital do país.

Segundo a Monuc, a situação da violência na região tende piorado, principalmente após o líder rebelde, o ex-general Laurent Nkunda ter decidido suspender um cessar-fogo acordado com as tropas do governo, em 6 de Setembro.

O assistente do Enviado Especial Adjunto do Secretário-Geral da ONU na RD Congo, Helder de Barros, disse à Rádio ONU, de Kinshasa, que o objectivo da Monuc é tentar restabelecer a paz na região leste do país.

"Esta situação, que se produziu nos últimos dias, como periga a paz e a estabilidade, logo a Monuc está dentro do seu mandato, de utilizar, fazer uso de seus ofícios no sentido de levar as partes a sentarem à mesa ou então encontrar alguma forma de entendimento", explicou.

De Barros informou que a Monuc enviou mais de 4 mil capacetes-azuis às cidades de Sake e Goma, em Kivu Norte. Ele explicou o papel que as tropas vão ter na região.

"[Os esforços vão] no sentido de, digamos, ajudar a estabilizar a situação. Estas tropas têm um efeito mais de interposição, de serem colocadas entre as forças beligerantes. Isto tem um efeito de dissuasão de forças", explicou.

O Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, afirma que desde Dezembro, mais de 370 mil pessoas deixaram suas casas na província de Kivu Norte devido ao conflito.