Unfpa diz que métodos contraceptivos evitariam mortes maternas
A Representante do Fundo de População das Nações Unidas no Brasil, Alanna Armitage, disse que as mortes maternas podem ser evitadas se as mulheres tivessem acesso a métodos contraceptivos.
A declaração foi feita em Londres, onde ela participa de uma conferência do Unfpa sobre mortalidade materna e neo-natal.
A cada minuto, uma mulher morre de complicações no parto e na gravidez.
Armitage disse à Rádio ONU, de Londres, que apesar dos avanços, ainda há um longo caminho a percorrer sobre o assunto no Brasil.
"A situação da mortalidade materna no Brasil é similar à situação da mortalidade materna na região. Há avanços, mas tem muito a ser feito. Neste momento, a razão da mortalidade materna é ao redor de 75 mortes para cada 100 mil nascidos vivos. É considerada uma taxa média, se comparada com outros países do mundo, mas é muito elevada para um país como o Brasil", contou.
Alanna Armitage disse que a redução da mortalidade materna é uma questão de direitos humanos.
"Acho que esta conferência é chave para assegurar que todo o mundo reconhece o tema da mortalidade materna como um tema de direitos humanos. É incrível ver que, nos últimos 20 anos, o progresso tem sido muito lento. Agora é realmente o momento de colocar o tema da mortalidade materna nas agendas nacionais, regionais e globais", disse.
E nesta sexta-feira, o governo britânico anunciou a doação de cerca de US$ 200 milhões de dólares ao Unfpa para programas de acesso universal à saúde materna.
A conferência, que reúne mais de 1,5 mil representantes de governos e da sociedade civil, termina neste sábado.