Relatório da Aiea diz que energia atômica crescerá por várias décadas
Um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, sugere que a importância da energia nuclear como fonte principal de geração de energia deverá continuar durante as próximas décadas.
Entre os países que mais se beneficiaram desse sistema estão França com 78% e Bélgica com 56%. África do Sul e China estão no fim da lista com uma média de 3%.
Para o engenheiro nuclear da Aiea, Horst Monken, o Brasil é um dos exemplos do uso de energia atômica para fins pacíficos. Monken falou à Rádio ONU, de Viena, sobre os planos do país de construir a usina Angra 3.
"Existem outros países, como é o caso do Brasil, que fez agora uma opção pela terceira planta nuclear, que vai ser Angra 3. E o governo brasileiro comenta alguma coisa em torno de mais quatro reatores de potência", explicou.
Segundo Monken, apesar de ser vital à geração de energia, o setor atômico ainda precisa ultrapassar duas grandes barreiras.
"De fato, hoje há uma tendência de crescimento e o setor tem que superar dois grandes problemas que são especialmente percebidos pela opinião pública, como sendo problemas, que falam contra a energia nuclear. O primeiro deles tem a ver com a solução para o depósito dos rejeitos radioativos e a outra coisa tem a ver com acidentes nucleares, onde é muito citado o acidente de Tchernobil", disse.
Numa projeção alta de crescimento, o relatório da Aiea sugere que até 2030, a capacidade nuclear deve subir para até 679 gigawatts, o equivalente a um aumento médio de 2,5% ao ano.