Cepal aponta desafios para integrar jovens ao mercado de trabalho
Um relatório da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe, Cepal, revela que os jovens latino-americanos enfrentam maiores dificuldades para encontrar trabalho.
Entre 1990 e 2003, o mercado de trabalho da América Latina piorou.
O nível geral de desemprego subiu de 7.5% à 11% entre latino-americanos.
Depois de 2003 houve melhoras, mas ainda não afetam de modo significativo os jovens.
No Brasil a situação dos jovens não é melhor.
A economista Patrícia Lino, assistente da direção do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, Dieese, falou à Rádio ONU, de São Paulo, sobre o problema do desemprego dos brasileiros.
“O que a gente percebe é que nos mercados metropolitanos do Brasil, o jovem apresenta uma maior dificuldade de inserção: ele tem uma taxa de desemprego maior. Além disso, uma análise que a gente fez com os dados da nossa pesquisa foi olhar a questão da renda familiar, que mostra que a vulnerabilidade dos jovens de famílias de baixa renda é muito maior, então para ele o desemprego é muito maior. O rendimento, quando ele consegue entrar no mercado de trabalho, é menor, ele tem muitas dificuldades em conciliar o estudo com o trabalho porque as jornadas são muito longas. Uma série de características que mostram como os jovens se inserem no mercado de trabalho e as dificuldades que eles encontram”, disse.
A Cepal lembra em seu relatório que a solução para o problema começa pela maior atenção ao capital cultural, humano e social dos jovens.