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Cheias na Coréia do Norte podem ter matado centenas de pessoas BR

Cheias na Coréia do Norte podem ter matado centenas de pessoas

O Programa Mundial de Alimentos, PMA, informou que 60 mil famílias ficaram desabrigadas após fortes enchentes na Coréia do Norte. Segundo agências de notícias, as cheias podem ter matado centenas de pessoas e muitos estão desaparecidos.

As enchentes destruíram 30 mil casas em cinco províncias norte-coreanas. O porta-voz do PMA, Simon Pluess, disse que o governo pediu ajuda à ONU para socorrer as vítimas. A organização Cruz Vermelha está distribuindo cobertores e outros donativos.

Na semana passada, fortes cheias no sul da Ásia afetaram mais de 20 milhões de pessoas em Bangladesh, na Índia e no Nepal.

O 3º vice-presidente da Organização Mundial de Meteorologia, Antônio Divino Moura, disse à Rádio ONU, que esta época do ano está sendo marcada por temperaturas extremas em várias partes do mundo. E segundo ele, deve chover ainda mais também no sul do Brasil.

“As previsões feitas pela Universidade de Columbia, em junho, para julho, agosto e setembro, dão uma probabilidade um pouco maior de chuvas na região sul, na média desses três meses. Na realidade, nós tivemos ocorrência de chuvas maiores na região de São Paulo, Rio de Janeiro. E indicando probabilidades maiores na região centro-oeste e na região nordeste. Isso está ocorrendo. Eu estou em Brasília, até hoje, julho interinho e agosto, não choveu nada”, afirma.

Divino Moura disse que os governos precisam de políticas mais enfáticas para evitar os efeitos trágicos de temperaturas extremas.

“Nós temos que distingüir duas coisas muito claras nessa questão. Quando aconselhamos governos no processo da tomada de decisão. A primeira delas é com relação ao processo de mitigação, ou seja, todos os países têm que fazer o esforço de diminuir o lançamento de gás carbono na atmosfera. O Brasil tem a sua parcela, evitando, por exemplo, o desmatamento da Amazônia, as queimadas, que é o grande calcanhar de Aquiles do Brasil. E até entrando bem confortavelmente nessa questão de biocombustível, etanol, cana-de-açúcar etc. Desde que isso não cause problema ambiental. O Brasil pode fazer bem a sua parte nessa questão”, conclui.

Nesta terça-feira, o Escritório das Nações Unidas para Assistência Humanitária, Ocha, informou que pelo menos 48 pessoas morreram de doenças relacionadas à água contaminada no Sudão, no leste da África, após as fortes chuvas, que afetaram quase 400 mil pessoas no país.