Polícia do Timor-Leste prende 34 acusados de atos de violência
A Missão Integrada das Nações Unidas no Timor-Leste, Unmit, informou que 34 pessoas foram detidas no leste do país após incidentes violentos.
As prisões ocorreram em Baucau e Viqueque, onde manifestantes protestavam contra o novo governo, formado pelo ex-presidente Xanana Gusmão.
Nos protestos, foram registrados apedrejamentos, bloqueios de ruas e incêndios criminosos.
Um veículo das Nações Unidas também foi atacado, mas niguém ficou ferido.
O embaixador do Timor-Leste na ONU, Nelson Santos, condenou o ataque e disse que os líderes políticos, incluindo o do partido de oposição, Fretilin, estão pedindo calma à população.
“O partido Fretilin ofereceu-se para colaborar nas investigações relativamente a essas detenções também. O senhor presidente pediu, assim como o senhor primeiro-ministro, para que os partidos controlem os seus constituintes, incluindo a Fretilin. Nesta violência, a maior parte são jovens, uma vez que em Timor-Leste mais do que 50% da população são jovens. Mas essa violência, nós só podemos dizer que é atribuída a questões políticas ou às gangues que estão outra vez descontroladas”, afirmou.
O representante de Ban Ki-moon no Timor-Leste, Atul Khare, disse que os autores da violência serão tratados como criminosos.
No ano passado, um outra onda de violência matou pelo menos 37 pessoas e deixou mais de 155 mil desabrigadas. Os tumultos começaram após a demissão de cerca de 600 soldados das forças de segurança da ex-colônia portuguesa.