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Chissano visita Sudão e Uganda para facilitar processo de paz na região

Chissano visita Sudão e Uganda para facilitar processo de paz na região

O enviado do Secretário-Geral da ONU para o conflito no norte do Uganda, Joaquim Chissano (foto), está em Juba, no sul da província sudanesa de Darfur, para promover o diálogo entre o governo ugandês e os rebeldes do chamado Exército de Libertação do Senhor, LRA.

O enviado do Secretário-Geral encontrou-se na quarta-feira, em Kampala, capital do Uganda, com o presidente da República Centro-Africana, Francois Bozizé, que visita o país.

Ele viajará depois para República Democrática do Congo.

A chefe da equipa encarregada de assuntos de África Central e Austral do Departamento de Assuntos Políticos da ONU, Valerie de Campos Melo, falou à Rádio ONU, em Nova York, sobre as causas do conflito ugandês.

“O conflito, na verdade, como vários assuntos nessa região, tem causas directamente étnicas, ligadas à exclusão de uma das etnias dessa região do norte do Uganda, a etnia dos acholes. Os processos de decisão, falta de acesso ao poder político, mas também falta de acesso aos recursos económicos, que levam ao desenvolvimento de rancores e, enfim, acabou levando à luta armada por parte desses grupos do norte do Uganda para aceder ao poder”, disse.

Segundo as Nações Unidas, desde 1986, o conflito já provocou a morte de milhares de civis e obrigou mais de 1,5 milhão de pessoas a deixar suas casas.

Ainda no Uganda, o Escritório das Nações Unidas para Assistência Humanitária, Ocha, anunciou que está a apoiar o governo do Uganda a avaliar o impacto de severas inundações que afectaram, no mês de Julho, as regiões de Teso e Mbale, no leste do país.