Nações Unidas apelam ao fim do abuso e discriminação contra imigrantes
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que é preciso deter a marginalização, o abuso e a discriminação contra imigrantes em todo o mundo.
Ele acrescentou que ao longo dos tempos as remessas dos emigrantes têm contribuído para construir casas, equipar escolas e promover empresas.
O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, Luís Fonseca, falou à Rádio ONU, de Lisboa, sobre o impacto das remessas dos emigrantes na economia de Cabo Verde.
“Hoje em dia, a emigração começa a ser vista por todas as autoridades dos nossos países como um precioso recurso para as economias dos países de origem. Por exemplo, em Cabo Verde há poucos anos, 12% do PIB do país resultava precisamente das remessas enviadas pelos emigrantes”, explicou.
Segundo o Banco Mundial, a emigração não apenas ajuda a reduzir a pobreza nos países menos desenvolvidos, como também gera uma série de efeitos sociais positivos.
A assessora sénior inter-regional do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime, Unodc, Sandra Valle, falou à Rádio ONU sobre as remessas dos emigrantes brasileiros.
“Esses imigrantes geram riquezas para os seus países e também para os países em que trabalham. Dois milhões de imigrantes brasileiros mandam todos os anos US$ 4 biliões principalmente dos estados Unidos e Japão. O Banco Inter-americano acha que esse montante no ano passado chegou a US$ 7.3 biliões. Então esse fluxo migratório pode ser um factor positivo ao invés de se olhar só para o lado criminal do problema”, disse.
Segundo as Nações Unidas existe em nível mundial mais de 200 milhões de emigrantes.