Nações Unidas elogiam abolição da pena de morte no Ruanda
A Alta-Comissária de Direitos Humanos das Nações Unidas, Louise Arbour (foto), elogiou nesta sexta-feira a decisão do governo de Ruanda de abolir a pena de morte no país.
Diaz disse que para Arbour a abolição da pena de morte em Ruanda envia uma forte mensagem por se tratar de um país que sofreu os piores crimes.
Ela afirmou que apesar da sede de Justiça que ainda existe no país africano, Ruanda deu um exemplo ao eliminar a pena capital, que segundo ela não deve existir em nenhuma sociedade.
De acordo com o Alto-Comissariado de Direitos Humanos da ONU, a decisão poderá favorecer a extradição para Ruanda de pessoas acusadas por crimes de genocídio de modo a que sejam julgadas nos tribunais do país.
Em 1994, cerca de 800 mil tutsis e hutus moderados foram mortos no pior genocídio na história do Ruanda.
Em Genebra, na Suíça, terminou a 19ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos.
Entre as conclusões da reunião se destacam preocupações dos países-membros a uma ausência de investigação por parte do governo do Sudão a alegadas violações de direitos humanos no país, sobretudo na província de Darfur.
O Conselho alertou para certas práticas consideradas desumanas como uso de chicote e amputação para punir pessoas.