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Água gerenciada

Água gerenciada

Especialistas, académicos e representantes de instituições públicas e privadas se reuniram num simpósio, em Delft, na Holanda, para debater vias de levar às populações conhecimentos sobre gestão de água. A Rádio entrevistou representantes do Brasil e de Moçambique sobre o assunto.

Rádio ONU conversou com a ex-ministra de Tecnologia de Moçambique, Lídia Brito, e com ex-aluno do Instituto da Unesco, o brasileiro Carlos Busato, que participaram do simpósio.

Lídia Brito que é também membro da direcção do Instituto de Educação sobre a Água, disse que é preciso mudar o enfoque das pesquisas em relação a África.

“Nós temos muita pesquisa sobre África. Mas não são pesquisas feitas para

que os africanos possam tomar as melhores decisões. São estudos feitos, muitas vezes, para que os países que apoiam África possam tomar decisões sobre como apoiar o continente. Nós temos que refocar o centro da pesquisa que é África e é para África que devemos estudar”, afirmou.

Carlos Busato que é engenheiro e trabalha no sector privado, destacou a importância da formação das populações para melhorar a gestão da Água.

“Essa redução da disponibilidade de água, a gente deve creditar isso tanto ao crescimento da população quanto ao mau uso da água, ao uso insustentável da água. Os padrões que a nossa sociedade vem se desenvolvendo devem mudar, obrigatoriamente devem mudar. E a questão da da mudança climática, ela agrava esse cenário, agrava os prejuízos agrícolas, devido às secas ou aos períodos prolongados de seca, ou de chuva muito intensa. Isso quando a gente está falando de Brasil ou de países, cuja a economia tem base agrícola, isso é muito sério”, afirmou.