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Cerca de 2,6 bilhões não têm acesso a saneamento básico, alerta Unicef BR

Cerca de 2,6 bilhões não têm acesso a saneamento básico, alerta Unicef

Dezenas de pessoas se reuniram na sede do Fundo das Nações Unidas para Infância, Unicef, para discutir a crise global de saneamento básico.

A consultora do governo brasileiro e representante da ONG Água e Vida, Teia Magalhães, disse à Rádio ONU, que a continuidade nas obras de saneamento são uma peça-chave para o acesso da população ao serviço.

“Tem sido bastante frequente no Brasil a instalação de aterros sanitários que, pouco tempo depois, por falta de operação, perdem a sua eficiência e se tranformam, novamente, em lixões”, disse.

Teia Magalhães disse também que a integração dos catadores de lixo às iniciativas de saneamento ajudaria muitas comunidades locais. Ela aproveitou para condenar o uso de crianças trabalhando em lixões.

“Eu cito um grande programa no Brasil, uma campanha nacional no sentido de retirar crianças desse trabalho, colocá-las na escola. Esse desafio passa pela inclusão das famílias em programas de coleta seletiva com galpões de triagem que você não só dá um meio de vida pra essa família, possibilita que essa criança estude e tenha um desenvolvimento normal, mas também você consegue recuperar uma parte significativa de resíduos que normalmente estariam sendo aterrados”, concluiu.

Segundo o Unicef, falta de acesso a esgoto e água tratados é responsável pela morte de milhares de pessoas todos os anos.

O evento em Nova York é uma preparação para o Ano Internacional de Saneamento em 2008. A data foi declarada pela Assembléia-Geral da ONU.