Relatores pedem libertação de Prêmio Nobel da Paz em Mianmar
Um grupo de relatores de direitos humanos das Nações Unidas emitiu um comunicado conjunto apelando à libertação da líder da oposição em Mianmar, Aung Sang Suu Kyi(foto).
Segundo o grupo, a libertação de prisioneiros políticos seria um sinal importante na vontade do governo de Mianmar de iniciar uma transição eficiente ao processo democrático no país.
Mianmar, a antiga Birmânia, fica no sudeste da Ásia, e é governado por uma junta militar.
O relator Paulo Sérgio Pinheiro disse à Rádio ONU, de Genebra, que o apelo para libertação da Prêmio Nobel abrange mais de 1 mil prisioneiros políticos em Mianmar.
“Lembrar da necessidade de liberar os mais de 1,2 mil presos políticos. Alguns com mais de 75 anos condenados a 15 anos de prisão. Isso é contra qualquer sentimento humanitário”, afirma.
Pinheiro, que esteve com Aung San Suu Kyi, em 2003, falou sobre a sáude dela.
“Uma pessoa que vive isolada com mais de 60 anos numa tensão permanente sofre evidentemente uma pressão psicológica muito grande. Ela é muito forte, muito corajosa mas ela tem outros problemas físicos. Ela foi operada há um ano e requer cuidados que, infelizmente, o médico na residência não tem condições de dar”, conta.
A líder da oposição em Mianmar está presa há 11 anos sem ser indiciada ou levada a julgamento.