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Dia Internacional das Famílias homenageia pessoas com deficiências BR

Dia Internacional das Famílias homenageia pessoas com deficiências

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon (foto), emitiu uma mensagem neste 15 de maio em homenagem às familas e às pessoas com deficiências. No discurso, para marcar o Dia Internacional da Famílias, Ban diz que a sociedade tem a responsabilidade de apoiar este grupo de pessoas.

A Rádio ONU conversou com o promotor Ricardo Tadeu, que perdeu a visão aos 23 anos. Tadeu é casado com a artista plástica Suzana Fonseca, que usa uma prótese após ter tido a perna amputada num acidente de carro.

Para Ricardo Tadeu, as famílias devem incentivar quem tem deficiência a ser o mais ativo possível.

“Nós temos aqui no Brasil, por exemplo, um benefício que é pago para pessoa com deficiência pela assistência social, uma renda de um salário mínimo. E, na prática, as famílias acabam sendo um desestímulo para que a pessoa deixe de receber esse benefício e passe a trabalhar. Então, às vezes, a família ajuda, dependendo da formação cultural que a família tem, ela impulsiona a pessoa a se formar, a estudar e trabalhar. Às vezes não”, afirmou.

A filha do casal, Maíra Fonseca, disse que a deficiência dos pais ensinou a ela a ver a vida de uma forma diferente.

“Os pais todos iam jogar bola e meu pai não ia. E isso que assustava, a diferença. Por que meu pai não podia estar lá? Eu percebi que os pais têm diferenças, talvez não físicas, mas ao passo em que meu pai não podia jogar bola comigo, os pais das minhas amigas não coversavam com elas tanto quanto meu pai conversava comigo. Eu não podia sentar com as minhas amigas e falar: poxa, meu pai não enxerga e o seu também não. É uma coisa com a qual eu tive que lidar sozinha”, relatou.

A artista plástica Suzana Fonseca, disse à Rádio ONU que recebe elogios pela maneira como ela e família lidam com a deficiência no dia-a-dia.

“Recebemos muita vibração positiva nesse sentido porque as pessoas dão esse retorno para nossa família. Eu não acho que seja fácil não, mas o amor familiar segura isso,” concluiu.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 650 milhões de pessoas, o equivalente a 10% da população mundial, têm algum tipo de deficiência.