ONU contra proliferação de armas na Guiné-Bissau

Uma missão das Nações Unidas visitou o país do oeste da África para discutir com autoridades locais o funcionamento da Comissão Nacional de Luta contra a Proliferação de Armas Ligeiras e de Pequeno Calibre.

O chefe da equipa que se ocupa das armas ligeiras no Departamento para os Assuntos de Desarmamento da ONU, António Évora, falou à Rádio ONU, de Bissau, sobre as causas que impediram a implementação do projecto.

“A Comissão Nacional não tinha sido oficialmente estabelecida e houve algumas mudanças políticas na Guiné-Bissau, entre elas mudanças do governo, pelo que não havia condições para iniciar este projecto. Como sabe qualquer projecto de desarmamento requer a mínima indicação de estabilidade e de continuidade política”, disse.

Évora falou ainda da cooperação com o programa de controlo de armas ligeiras da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Cedeao.

“A Cedeao tem um programa chamado Ecosap (Programa de Controle das Armas Ligeiras da Cedeao) e estamos a trabalhar com eles. Inclusivamente, na delegação que temos aqui em Bissau, há um representante do Ecosap. O que queremos fazer é articular o nosso projecto com as actividades do Ecosap”, acrescentou.

Durante a sua estadia, a delegação das Nações Unidas foi recebida pelo primeiro-ministro guineense, Martinho Dafá Kabi, e se encontrou com representantes locais do Pnud, União Europeia e Cedeao.