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População civil está a fugir da capital da Somália, diz Acnur

População civil está a fugir da capital da Somália, diz Acnur

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, afirma que a violência na Somália já obrigou mais de 100 mil pessoas a fugir de Mogadíscio, capital do país, desde o início de Fevereiro deste ano.

De acordo com o porta-voz do Acnur, Ron Redmond, o grande número dos deslocados está se concentrando na região de Shabelle, no sudeste do país.

Ele acrescentou que o êxodo das pessoas é comparável ao movimento humano registado há 15 anos, quando da queda do regime do ex-presidente Siad Barre que marcou o início do conflito.

A agência da ONU informou ainda que pelo menos 65 pessoas morreram, no Sábado, nas vilas Tiero e Marena, no sudeste do Chade, após ataques de elementos da milícia Janjaweed, do Sudão.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados lançou ainda um apelo a doadores internacionais de 60 milhões de dólares para assistência a refugiados e deslocados internos do Iraque.

O porta-voz do Acnur, William Spindler, disse em entrevista à Rádio ONU que a situação destes refugiados iraquianos é crítica.

“As crianças têm acesso muito limitado à escola. Os serviços médicos não são suficientes. Não há muitas possibilidades de trabalho. Muitas pessoas vivem na indigência total. É uma situação verdadeiramente crítica”, disse

Diante desta realidade, William Spindler destaca a importância da cooperação internacional:

“A comunidade internacional deve mostrar solidariedade para com países como a Síria e a Jordânia, que têm atendido essas pessoas. São mais de um milhão de refugiados iraquianos. É uma situação muito difícil. São países que não têm meios para enfrentar essa situação. Então, é muito importante que a comunidade internacional ajude”, ressaltou Spindler.

No dia 17 de Abril, o Acnur promove um encontro internacional em Genebra, na Suíça, para debater a assistência aos refugiados do Iraque.