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Aquecimento global ameaça acesso à alimentação de 130 milhões até 2050

Aquecimento global ameaça acesso à alimentação de 130 milhões até 2050

Um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, indica que o aquecimento global pode produzir uma redução na produção de alimentos afectando mais de 130 milhões de pessoas, até 2050.

O documento adianta que, ao ritmo em que marcham as mudanças climáticas, o mundo corre o risco de ter mais 50 milhões de seres humanos em risco de passar fome até 2020.

A pesquisa diz ainda que um aumento das temperaturas, na ordem dos 2º Celsius, pode provocar secas prolongadas e subida do nível dos mares.

Para a China, por exemplo, a pesquisa prevê uma redução na queda das chuvas que afectaria em um 12% a produção do arroz.

Em África, os efeitos do aumento das emissões de gases causadores do “efeito estufa” terá, entre outras consequências, o agravamento da desertificação e a escassez de água que pode afectar até 1,8 bilhão de pessoas.

Essas condições climáticas significariam um prejuízo entre 0,2 a 0,6% do Produto Interno Bruto, PIB, mundial em 2030. O Banco Mundial estima que se medidas não forem tomadas agora para deter o avanço do problema, os prejuízos podem chegar a até 20% do PIB.

Os investigadores sugerem a adopção de medidas para reduzir as emissões de gases-estufa, principalmente as decorrentes de combustíveis fósseis. O texto defende o uso da energia eólica, solar ou nuclear.

Um outro estudo encomendado pela Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura, Unesco, diz que as mudanças climáticas representam um risco para sítios proclamados como Patrimónios Mundiais pela. Entre os lugares estão o Parque Nacional Quilimanjaro e a Grade Barreira Coral de Austrália.