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Agências humanitárias sem acesso à capital da Somália, diz Ocha

Agências humanitárias sem acesso à capital da Somália, diz Ocha

O Escritório das Nações Unidas para Assistência Humanitária, Ocha, teme o surgimento de uma nova catástrofe humanitária na Somália, devido aos combates que se registam em Mogadíscio, capital do país.

O coordenador do Ocha na Somália, Eric Laroche, disse que, por causa da violência e de ameaças, as agências humanitárias não têm neste momento qualquer presença na capital.

A doutora Raquel Schult, uma brasileira da Organização Médicos Sem Fronteiras, que está na região de Guri El, a 450 quilómetros de Mogadíscio, falou à Rádio ONU sobre o movimento de deslocados no território.

“As informações que temos vêm da própria população que tem parentes em Mogadíscio e estão trazendo os parentes de lá para fugir dos combates. Aparentemente, a cidade está cheia dessas pessoas que estão fugindo dos combates. Essas pessoas viajam de maneira não ideal, os ónibus estão lotados, eles viajam em caminhões, pendurados, e as pessoas chegam muito doentes por aqui. Isso, além dos acidentados, além dos feridos à bala, o número de pacientes clínicos tem aumentado muito” contou.

Ainda em África, a alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos, Louise Arbour, pediu ao governo do Uganda para deter a escalada da violência contra a população civil na região de Karamoja, no nordeste do país.

De acordo com um relatório do Conselho dos Direitos Humanos, o uso excessivo de força por agentes do governo já causou pelo menos 70 mortes, desde Novembro.