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África do Sul patrocina Fórum Internacional de Biocombustíveis

África do Sul patrocina Fórum Internacional de Biocombustíveis

O Fórum Internacional de Biocombustíveis foi lançado nesta sexta-feira na sede da ONU em Nova York. A iniciativa é formada por Brasil, África do Sul, China, Estados Unidos, Índia e União Europeia.

De acordo com o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, António Patriota, que presidiu a cerimónia, o fórum terá duração inicial de um ano, deve fazer recomendações, mas não terá nenhum poder de imposição de medidas.

O ministro António Simões, director da divisão de biocombustíveis do Itamaraty, explicou à Rádio ONU as vantagens do Brasil com a cooperação.

“No Brasil, é extremamente importante poder trabalhar com outros países no sentido de criar um ambiente favorável à divulgação de um modelo. O que nós estamos mostrando é um modelo que pode ampliar a participação de biocombústiveis no mundo, e que possa também fazer com que se tenha um efeito muito positivo em termos de aquecimento global”, afirmou.

Simões também respondeu críticas de ambientalistas sobre possíveis prejuízos causados ao meio ambiente pela produção de etanol no longo prazo.

“A primeira coisa que eu posso dizer é que o etanol produz 85% menos carbono do que o petróleo. E além do mais, não se pode plantar etanol na Floresta Amazónica. É algo impossível em função do solo. Nós podemos plantar etanol em terras de pastagem, que podemos adaptar e recuperar para que se tornem terras produtivas. Então, ele tem uma possibilidade de ser útil para natureza também, explicou.

Segundo o governo brasileiro, o mercado mundial de etanol movimenta actualmente, pelo menos 5 biliões de dólares. Somente no Brasil, cerca de 2 milhões de carros são flexíveis, menos da metade do número de veículos nos Estados Unidos.

Durante a conferência, da qual também participaram representantes dos Estados Unidos, da China e da África do Sul, foi anunciada a realização de uma Conferência Internacional de Biocombustíveis em 2008, no Brasil.