Perspectiva Global Reportagens Humanas

OMC diz que negociações da Rodada de Doha precisam de mais ritmo

OMC diz que negociações da Rodada de Doha precisam de mais ritmo

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, OMC, Pascal Lamy (foto), afirmou que o processo de negociações da Rodada de Doha, que prevê a liberalização das regras comércio, precisa ganhar velocidade.

A Rodada de Doha pretende tornar as regras do comércio mais justas para dar aos países em desenvolvimento maior participação no comércio global. Mas as negociações esbarraram em interesses variados principalmente nos setores da agricultura, da indústria e do serviço.

O diretor- geral da OMC chamou a atenção para os acordos renovados e para o apoio político entre países. Ele se referiu aos encontros entre Estados Unidos, Europa, Brasil e Índia, realizados na última semana, na Europa.

Lamy ressaltou que apesar de essas iniciativas contribuírem para as negociações, o processo “está muito lento”. Lamy disse ainda que o tempo está se esgotando e que os membros da OMC “já estão impacientes”.

Ele enfatizou que o processo multilateral de negociações deve ser agilizado para cumprir o prazo dado pela antiga “via rápida” nos Estados Unidos, ou TPA, o dispositivo do Congresso americano que autoriza o presidente a negociar acordos comerciais com países ou blocos. O novo prazo vence em junho deste ano.

A decisão da OMC de designar a Rodada de Doha, como ciclo de desenvolvimento, foi um reconhecimento de que no atual sistema de comércio multilateral o desequilíbrio penaliza os países em desenvolvimento. Uma premissa que deve ser corrigida, segundo Pascal Lamy.

O chefe da OMC disse que a rodada “nunca foi fácil”. O diretor-geral afirmou que uma OMC fortalecida oferece uma âncora estável para as economias, a medida que elas se tornam mais interligadas. Para Lamy, esse é o reconhecimento de que a sistema de comércio tem contribuído para o crescimento econômico, o desenvolvimento e a geração de empregos nos últimos 50 anos.