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Perdão de dívida a São Tomé e Príncipe

Perdão de dívida a São Tomé e Príncipe

O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, FMI, acordaram perdoar 91% da dívida de São Tomé e Príncipe, equivalente a US$ 327 milhões. Acompanhe a reportagem da Rádio ONU sobre o tema, com entrevistas ao embaixador de São Tomé e Príncipe nas Nações Unidas, Ovidio Pequeno, e ao Economista Sénior de Departamento Africano do FMI, Marcio Ronci.

A decisão saudada já pelo governo e partidos políticos santomenses, foi tomada após os organismos financeiros terem concluído que o país já cumpriu os parâmetros estabelecidos pela chamada Iniciativa para os Países Pobres mais Endividados, Ippe.

São Tomé e Príncipe tinha sido submetido pelo Banco Mundial e FMI a um programa de ajustamento estrutural, iniciado em 1987.

Acompanhe a reportagem da Rádio ONU sobre o tema, com entrevistas ao embaixador de São Tomé e Príncipe nas Nações Unidas, Ovidio Pequeno, e ao Economista Sénior de Departamento Africano do FMI, Marcio Ronci.

O embaixador Ovidio Pequeno explica como o seu governo recebeu a medida de perdão da dívida.

“Se tratou de uma decisão que há muito tempo o nosso país esperava, particularmente o povo da República Democrática de São Tomé e Príncipe, que vem consentindo sacrifícios enormes para que possamos, enfim, num processo de desenvolvimento mais sustentado, porque a perdão da dívida, por si, não resolve os problemas do país”, disse.

Pequeno disse que o seu governo está a equacionar uma abordagem do problema da dívida com os países não membros do Club de Paris que São Tomé pretende também negociar.

“De Dezembro do ano 2000 até a presente data, o país se engajou nas reformas económicas visando o ponto de conclusão da Ippe que tem como objectivo reduzir substancialmente a dívida dos países pobres altamente endividados, libertando recursos para combater a pobreza e ajudar o desenvolvimento do país”, adiantou Marcio Ronci .