Situação política em Guiné-Bissau debatida no Conselho de Segurança
O Conselho de Segurança das Nações Unidas reuniu-se, nesta quinta-feira, para analisar o relatório do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, sobre a situação na Guiné-Bissau.
Segundo ele, são os sectores-chaves para a redução da pobreza e a promoção da estabilidade e do desenvolvimento.
O Secretário-Geral destacou o engajamento do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional para desenvolver a cooperação com as autoridades da Guiné-Bissau.
Ele disse ainda ter defendido junto do FMI a designação de um representante-residente para assessorar o ministro das finanças do país.
No relatório, o Secretário-geral se referiu também às contínuas disputas político-partidárias.
Ban Ki-moon anunciou que destinou ao Gabinete das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Unogbis, um fundo para um projecto de reforço da capacidade do Parlamento guineense.
O encarregado de informação do Ugnobis, Vladimir Monteiro, falou à Rádio ONU, de Bissau, sobre a crise política.
“A situação na Guiné-Bissau continua a ser marcada por uma crise política como consequência da assinatura do Pacto de Estabilidade entre os três partidos e posteriormente a aprovação de uma moção de censura contra o governo do actual primeiro-ministro, Aristides Gomes, pelo parlamento. Esses partidos têm proferido declarações e afirmado que o presidente deveria acatar essa decisão que foi a Moção de Censura. Estamos assim a esperar que haja algum desenvolvimento”, explicou Monteiro.
O relatório de Ban Ki-moon afirma que as reformas no sector da defesa estão paralisadas. Vladimir Monteiro explica o porquê.
“Os aspectos dessa reforma têm a ver com a saída de alguma parte importante dos militares, mas esse processo ainda não foi avante, devido à falta de suporte financeiros. Há também alguns atrasos por parte de Guiné-Bissau que têm a ver em particular com a questão do recenseamento dos militares porque para se fazer essa reforma é preciso saber quantos militares temos e quantos militares deverão ser afectados pela reforma”, disse.
Ainda em África, o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, Acnur, afirmou que mais de 12 mil pessoas foram obrigadas a fugir de Mogadíscio, capital da Somália, devido a um aumento de confrontos.
Segundo o Acnur, 24 pessoas morreram na sequência dos combates entre forças governamentais apoiadas por tropas da Etiópia e rebeldes da União dos Tribunais Islâmicos.