Diamantes de sangue
As agendas das Nações Unidas e de Hollywood se convergem no filme Diamantes de Sangue, do director e realizador Edward Zwick.
A obra mostra ainda os dramas das crianças-soldado, com o recrutamento forçado de meninos e meninas, arrancados às suas famílias e treinados para cometer atrocidades.
Rádio ONU conversou com o representante-executivo do Secretário-Geral da ONU na Serra Leoa, Victor Ângelo que apresenta o seu ponto de vista sobre o filme.
“Eu penso que o filme reflecte a realidade da Serra Leoa em 1999. Não a realidade em 2007. Ou seja uma realidade que é hoje histórica, que está ultrapassada, mas que era de facto, em 1999, muito violenta, e completamente contra os direitos básicos da população”, disse.
Victor Ângelo adianta que o filme reflecte o peso que o comércio ilegal de diamantes teve na guerra civil na Serra Leoa.
“Os diamantes ilegais não só financiaram a guerra civil, mas foram um dos grandes motivos que levou a comunidade internacional – aquela parte da comunidade internacional que é parte menos visível, mais clandestina (os mercenários, os comerciantes ilegais de diamantes, etc) —, também a estar implicada na Serra Leoa naquela altura. Tudo isso é claramente reflectido no filme”, acrescentou.