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Execuções sumárias nas Filipinas não podem ser ignoradas, diz ONU

Execuções sumárias nas Filipinas não podem ser ignoradas, diz ONU

Uma comissão de investigação, apoiada pelo governo das Filipinas, sugeriu num relatório, publicado nesta quinta-feira em Manila, que casos de assassinatos políticos no país teriam tido a participação de alguns soldados.

Segundo Alston, existiria uma cultura de impunidade ligada a execuções e assassinatos políticos no país.

Alston finalizou em meados desta semana uma visita de 10 dias às Filipinas para analisar casos de mortes e execuções, que segundo ONGs de direitos humanos somam mais de 800 desde 2001.

O representante da ONU não revelou ainda a quantidade exacta de vítimas, mas admitiu que o número é demasiado para ser ignorado.

O relator reconheceu a contribuição do governo filipino que colaborou nas investigações.

Ele disse que as autoridades de Manila, capital do país, têm pela frente um grande desafio no sentido de apurar as responsabilidades pelos actos cometidos.

Alston encontrou-se, nas Filipinas, com grupos da sociedade civil, vítimas e testemunhas de assassinatos.