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ONU prevê desaceleramento da economia mundial em 2007 BR

ONU prevê desaceleramento da economia mundial em 2007

Um relatório das Nações Unidas sugere que a economia mundial deve desacelerar em 2007, após três anos consecutivos de crescimento histórico.

O documento “Situação da Economia Mundial e Previsões 2007” foi lançado na sede da ONU, em Nova York, pelo subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Sociais, José Antonio Ocampo.

Segundo Ocampo, o desaquecimento e a projeção para este ano, se deve em parte, à diminuição do ritmo no crescimento da economia americana causado principalmente pelo movimento fraco no mercado imobiliário.

Ainda de acordo com o relatório da ONU, o bom desempenho das economias na Europa e no Japão não será suficiente para tornar os dois uma espécie de locomotiva global.

Segundo, o economista Renato Baumann, da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, Cepal, a taxa de 3% é um desempenho normal.

"Três por cento, eu diria que é uma taxa que não surpreende, porque sempre se esperou alguma acomodação. Eu entendo que esse resultado tenha a ver com uma certa acomodação da economia dos Estados Unidos, parcialmente compensada pelo desmpenho das economias da União Européia, Japão e sobretudo das asiáticas", disse.

Já no mundo em desenvolvimento, a economia deve crescer em ritmo robusto atingindo quase 6%.

O relatório da ONU sugere que as economias asiáticas, principalmente a chinesa e a indiana, devem continuar liderando a corrida do crescimento especialmente nos países produtores de petróleo e exportadores de minerais.

Apesar do otimismo, o documento também chama a atenção para a situação de muitos países em desenvolvimento devido à volatilidade dos mercados e o alto preço das commodities.

Já na Europa, o avanço da economia não deve ultrapassar a média de 2%

O relatório da ONU recomenda ainda a implementação de uma ação coordenada nas políticas macro-econômicas para evitar um ajuste desordenado.

Segundo o documento, as medidas devem ajudar a fomentar a confiança na estabilidade dos mercados financeiros para melhor enfrentar os desafios econômicos globais.