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Relatores da ONU pedem a Irã que suspenda execução de árabes BR

Relatores da ONU pedem a Irã que suspenda execução de árabes

Três especialistas da ONU em direitos humanos pediram ao governo do Irã que não execute sete pessoas da minoria árabe Ahwazi, que vive no oeste do país. Numa declaracao conjunta, Manfred Nowak, Philip Alston e Leandro Despouy apelaram por uma audiência pública e justa para os dissidentes, que foram condenados à morte, após um julgamento secreto na província de Khuzestan, segundo eles.

Numa declaração conjunta, Manfred Nowak, Philip Alston e Leandro Despouy apelaram por uma audiência pública e justa para os dissidentes. Segundo os especialistas, as sete pessoas foram condenadas à morte após um julgamento secreto na província de Khuzestan.

Os sete foram presos em junho de 2006 junto com outros árabes Ahwazi. Três pessoas do grupo foram executadas em dezembro após acusadas, do que a justiça classifica, de "guerra contra Deus e de outros crimes, como, por exemplo, tentativa de sabotagem do governo iraniano".

De acordo com os especialistas, a sentença foi baseada "em confissões obtidas sob tortura" e os advogados só foram autorizados a falar com os réus, após sua entrada no tribunal.

Os relatores ressaltaram que o Irã faz parte do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, que entrou em vigor em 1976, e tem a obrigação de respeitar as decisões do tratado.

O grupo de especialistas da ONU afirmou que o julgamento deste caso viola os princípios estabelecidos pelo acordo.