ONU contra negação do Holocausto
A Assembleia Geral da ONU adoptou, por consenso, uma resolução condenando qualquer acto de negação do Holocausto, o extermínio de 6 milhões de judeus e outras minorias étnicas durante a Segunda Guerra Mundial, pelo regime nazista.
O Irão anunciou que não iria se associar à adopção da resolução pela Assembleia Geral. O embaixador de Israel junto à ONU, Dan Gillerman, falou a jornalistas sobre o assunto.
Gillerman disse que com a decisão, o presidente do Irão estaria dizendo que o holocausto não existiu. Segundo o embaixador israelita, com a resolução ficou claro que o Irão não será permitido a ‘varrer do mapa’ um outro membro das Nações Unidas.
Numa mensagem sobre a data, o Secretário-Geral da ONU pediu vigilância sobre novos surtos de anti-semitismo e outras formas de intolerância.
A especialista na História do Holocausto, Raquel Orensztajn, disse à Rádio ONU, de Tel Aviv, que os historiadores têm dificuldade em identificar o número exacto de vítimas dos campos de concentração e extermínio.
“Tentam desvalorizar o que realmente é importante dentro da memória do holocausto. É verdade que existem muitas maneiras de levar a uma certa negação do holocausto porque realmente nós temos problemas, por exemplo, de dizer quantas pessoas realmente morreram em Auschwitz. Hoje, os números oficiais são entre 1,5 milhão 1,1 milhão de mortos em Auschwitz. A maioria judia, mas, não só judeus, lá morreram também muitos prisioneiros e políticos poloneses, prisioneiros de guerra soviéticos e membros de outras nações”, explica.
Na próxima semana, o Departamento de Informação Pública da ONU estará realizando na sede em Nova York uma série de eventos sob o tema “Da Recordação ao Futuro”.
O objectivo é chamar a atenção para os perigos causados por ódio, intolerância, racismo e preconceitos.