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Raquel Orensztajn, 26/01/07

Raquel Orensztajn, 26/01/07

A especialista na História do Holocausto falou, de Tel Aviv, sobre casos de negação do genocídio.

A Assembléia Geral da ONU adotou, por consenso, uma resolução condenando qualquer ato de negação do Holocausto, o extermínio de 6 milhões de judeus e outras minorias étnicas durante a Segunda Guerra Mundial pelo regime nazista.

A resolução foi elogiada pelo Secretário-Geral Ban Ki-moon. Neste 27 de janeiro, a ONU marca o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

O Irã anunciou que não iria se associar à adoção da resolução pela Assembléia Geral. O embaixador de Israel junto à ONU, Dan Gillerman, falou a jornalistas sobre o assunto.

Gillerman disse que com a decisão, o presidente do Irã estaria dizendo que o holocausto não existiu. Segundo o embaixador israelense, com a resolução ficou claro que o Irã não será permitido a, o que ele chamou de ‘varrer do mapa’ um outro membro das Nações Unidas.

Numa mensagem sobre a data, o Secretário-Geral da ONU pediu vigilância sobre novas formas de antisemitismo e intolerância.

A especialista na História do Holocausto, Raquel Orensztajn, falou à Rádio ONU, de Tel Aviv, sobre casos de negação do genocídio.

“Tentam desvalorizar o que realmente é importante dentro da memória do holocausto. É verdade que existem muitas maneiras de levar a uma certa negação do holocausto porque realmente nós temos problemas, por exemplo, de dizer quantas pessoas realmente morreram em Auschwitz. Hoje, os números oficiais são entre 1,5 milhão 1,1 milhão de mortos em Auschwitz. A maioria judia, mas, não só judeus, lá morreram também muitos prisioneiros e políticos poloneses, prisioneiros de guerra soviéticos e membros de outras nações”, explica.

Orensztajn diz que é necessário combater qualquer forma de preconceito, pois segundo ela esta seria a razão do antisemitismo.

“É um ódio antijudaico, uma rivalidade entre as religiões. E isso lamentavelmente não tem nada de muito novo. Religiões sempre foram rivais umas com as outras. É um certo ódio que foi criado dentro da Europa em relação a essas duas religiões”, disse.

Na próxima semana, o Departamento de Informação Pública da ONU estará realizando na sede em Nova York uma série de eventos sob o tema “Da Recordação ao Futuro”.

O objetivo é chamar a atenção para os perigos causados por ódio, intolerância, racismo e preconceitos.