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Uruguai e Argentina voltam à Corte Internacional sobre papeleiras BR

Uruguai e Argentina voltam à Corte Internacional sobre papeleiras

A Corte Internacional de Justiça promoveu audiências públicas sobre a disputa relacionada à construção de duas fábricas de celulose na fronteira do Uruguai com a Argentina.

Mas o governo uruguaio nega as alegações, e diz que está operando dentro das normas de proteção ambiental, e que as fábricas estão gerando emprego.

O ex-ministro Francisco Rezek, ex-juiz da Corte em Haia, na Holanda, disse à Rádio ONU, em Nova York, que os dois países estão adotando o melhor procedimento para resolver a disputa.

“Esse problema ilustra mais uma vez, e isso é uma coisa boa, a vocação dos países na nossa área, dos países da América Latina, para solução pacífica dos seus conflitos a base do direito. É mais uma vez um conflito entre questões de desenvolvimentoe questões ambientais. De qualquer maneira, o importante é saber que os países da nossa área, nossos irmãos mais próximos, estão sempre resolvendo seus eventuais conflitos à base do direito”, disse Resek.

Desta vez, as audiências trataram apenas da solicitação de medidas provisórias, feitas pelo Uruguai.

Em julho, a Corte Internacional de Justiça decidiu que até aquele momento não havia provas de danos ambientais, e o Uruguai podia seguir com as fábricas até à produção de um veredicto final.